sexta-feira, março 24, 2006

Instantâneos II

Estas fotografias foram tiradas da fortaleza de Luanda.
Para quem não se lembra, esta fotografia fica no cimo de um colina sobranceira ao fecho da Baía.
Julgo que num dos primeiro posts do Blog a fortaleza aparece numa fotografia.
Hoje, as instalações da fortaleza estão ocupadas pelo Museu Central das Forças Armadas
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Avenida 4 de Fevereiro

Este é o apartamento onde eu moro; Plena Avenida 4 de Fevereiro.


O calçadão de Luanda fica na Avenida 4 de Fevereiro.
Quem segue pela fotografia da esquerda vai em direcção ao centro da cidade, em direcção à Ilha.
Por sua vez, quem optar pelo percurso à direita vai na direcção do Porto de Luanda que fica em frente ao não menos importante Hotel Presidente.
Aliás, a Avenida 4 de Fevereira é uma zona VIP (mas já era antes eu ir para lá morar).
Num raio de 500m em redor da minha casa (e para a frente não pode ser porque é o mar), existe: Ministério dos transportes (o gabinete do ministro é no 7º Andar), Ministério das Pescas, Embaixada da Holanda, Universidade Agostinho Neto, mais uma embaixada que eu não me lembro de que país é, algumas construtoras civis,...
Enfim, a parte boa é que há sempre seguranças na rua, a parte má é que todos os lugares de estacionamento em frente ao prédio estão reservados!
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"Boa tarde Sr. Condutor; os seus documentos por favor."

Para quem não sabe, a polícia de trânsito angolana iniciou recentemente um novo recrutamentos de pessoal.
São centenas de novos agentes (e "agentas"!) que pura e simplesmente invadiram as ruas da cidade de Luanda.
Na práctica o trânsito continua caótico (vá, caótico é em Lisboa à hora de ponta, aqui é uma loucura, o verdadeiro salves-se que conseguir!).

Vão rondando o blog que um dia destes eu ponho um post exclusivamente dedicado à temátiaca do trânsito.

Mas voltemos à polícia...

No Domingo, ao fim de um longo dia de praia, onde a título d curiosidade vos informo que paguei 20USD para comer uma omolete mista e 2 cervejas, quando regressava da Ilha, estavam polícias de trânsito, em ambos os sentidos, espaçados de 300,00m (se calhar estou a exagerar, 200,00m).
Ao passar por um (por acaso eram 2, o único par), fui mandado parar.
Primeiro ainda perguntei ao Tavares se aquela sinalefa era para eu parar, porque, confesso, não percebi nada dos gestos dele.
Pensei:" Passaporte, carta de condução, "gasosa", e está feito!"

- "Boa tardi sinhô, mi dá bolêa?"
- "Claro! Entra. É para onde?"

Pois é! O nosso amigo não estava no sítio dele quando a carrinha passou para o apanhar e deixar o colega que o iria substituir; então o substituto desceu, a carrinha seguiu e o nosso amigo ficou. Por isso é que ele cravou uma boleia!
A meio do caminho, pediu-nos o telemovel para ligar a um colega. Não tinha dinheiro no telemovel (mas também, NUNCA ninguém tem dinheiro no telemovel) nem tão pouco rádio. Claro que gentilemente lhe emprestamos um.
Ao passarmos por outra brigadaviu que um dos colegas tinha rádio. Mandou parar, saíu...

Assim vão (de boleia) as glórias policias de Luanda...
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segunda-feira, março 20, 2006

"Nha" casa

A pedido de várias famílias, junto envio fotografias exclusivas do interior do meu apartamento (ainda que a prazo...)
Aproveito a oportunidade para vos contar a história de um "cara" que na sexta feira passada, ao fim de uma semana de trabalho duro (e de uma noitada de copos), chega a casa e encontra um imenso portão de ferro, branco muito do género do que está na 1ª foto, fechado. Mas fechado POR DENTRO. Até aqui tudo normal, não fosse eu estar do lado DE FORA!
Pois é, o meu vizinho é de tal forma preocupado com a (nossa) segurança que fechou o portão antes de eu entrar.
Fui assim forçado a passar uma noite na pensão onde estão os meus colegas (e acreditem, tive MUITA sorte).
Podem não acreditar, mas não há um só quarto de hotel disponivel em Luanda. Nada.
P.S.: já verifiquei e efectivamente o meu prédio tem porta. Uma porta de ferro, mas que está sempre aberta.